Setas Amarelas no Caminho de Santiago
Elas estão por toda parte. Se você caminhar por uns 200 ou 300 metros sem ver alguma delas há um forte indício de que você esteja no caminho errado. Elas estão organizadas em lindas placas assim como pintadas rusticamente em muros, em árvores, nos postes, nas calçadas, nas ruas e até em carros que ficam sempre estacionados em calles do percurso. Não precisa estar atento para trombar com elas. É de fato um símbolo do Caminho. Essas setas trazem recompensas e deixam o Caminho mais democrático. Por ser tão bem sinalizado, o Caminho de Santiago pode ser feito por qualquer pessoa começando em qualquer local escolhido, desde que faça parte de uma das rotas existentes. Dificilmente há o risco de se perder. A cor das setas é amarela que as vezes estão mais vivas e em outras desbotadas. Dizem que são pintadas com uma tinta barata, mas o que importa? O glamour está na segurança que elas dão ao peregrino. São uma espécie de pulmões que fazem o Caminho respirar. A seta amarela surgiu em 1984 com a iniciativa de um Padre do Cebreiro, Elias Valiña. Em 1983, após o “Casco Antiguo” de Santiago de Compostela ter sido classificado como Patrimônio Cultural da humanidade, houve um crescimento significativo na procura pelo itinerário Jacobeo. Percebendo essa maior movimentação de peregrinos e ouvindo sempre a mesma reclamação da dificuldade de encontrar o caminho correto, ele partiu para Roncesvalles para resolver o problema. A primeira coisa foi arrematar um resto de tinta que foi usada na marcação de estrada, depois foi seguir com o propósito de eliminar as dúvidas quanto à localização dos peregrinos dentro do caminho. Chegou em Roncesvalles e em seguida foi até Saint Jean. Veio pintando TODOS os locais que ele acreditava que podia gerar alguma dúvida ao peregrino. Padre Elias Valiño Sanpedro, o “Cura do Cebreiro” como gostava de ser chamado, sempre foi um defensor do Caminho. Escreveu Guias e Livros que auxiliassem os peregrinos em suas jornadas. Depois disso, todos os anos a família refazia o trecho e as pinturas. Além disso, Elias fortaleceu a ideia de que as associações também deveriam participar desse movimento. Atualmente, uma grande ajuda das Associações do Caminho faz manter a tradição de colocar as setas espalhadas, ajudando cada peregrino que sonha em chegar ao final e celebrar sua conquista na Catedral de Santiago de Compostela. Uma linda história de quem amava o Caminho e sabia o que o Caminho podia representar para o peregrino.Venha pra nossa Rede:
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Sheila
Eu fiz o Caminho diversas vezes, eu sou apaixonada pelo história dos lugares sempre faço muitas perguntas e fiquei sabendo que antes o caminho era marcados com placas de azuleijos ou de metal e alguns peregrinos sem noção arrancavam para levar de recordação, vi alguns sinais a pessoa local me mostrou, então esse padre teve a idéia de colocar setas pintura a tinta essa não iam levar e deu certo. ..